A Hipnoterapia é recomendada para casos de Síndrome do Pânico, agorafobia e ansiedade generalizada?

Vamos esclarecer-lhe alguns itens importantes sobre o desenvolvimento destes sintomas e porque nossos resultados são positivos no tratamento:

 

SÍNDROME DE PÂNICO

– Origem: Caminhos percorridos ao longo da vida. Medo Inato, medo condicionado, ansiedade, ansiedade generalizada, fobias, estresse, pânico, depressão, melancolia, morte.

  • Medo Inato: Herança ancestral do homem primitivo, que lutava contra um ambiente inseguro e necessitava preparar seu corpo para lutar ou fugir de monstros e ameaças exteriores . Hoje, o homem moderno está, constantemente, atacando, além dos monstros exteriores (pessoas, stress profissional, ,familiar, etc.) também, os interiores (stress emocional, raiva, mágoa, tristeza), acumulados ao longo da vida.
  • Medo Condicionado – Adquirido a partir da infância, quando o Organismo se depara com algo novo (animal,situação,objeto ou pessoa estranha).
  • Ansiedade: Inquietação, vigilância, estar à espreita, esperando o pior.
  • Ansiedade Generalizada: A principal característica é um sinal de perigo difuso que ameaça a integridade do organismo sem saber, exatamente, o que é ou de onde vem. Estado de expectativa constante.
  • Stress: Elemento importante para o desencadeamento o pânico. Em geral, antes do primeiro ataque o organismo foi submetido a um estado de tensão excessiva e permanente, além de suas forças. Hans Selye denominou este fenômeno de Síndrome Geral da Adaptação –SGA .
  • Fobia – Medo Irracional ligado a determinados animais, situações, objetos relacionada a alguma vivência infantil ou adquirida ao longo do desenvolvimento. Na verdade não é o objeto ou o conteúdo do mesmo que assusta , mas o desejo ou ação  que este simboliza e o cérebro se esforça por esquecer.
  • Pânico: Medo exacerbado pode ser provocado pela magnitude do perigo, sensação ou ruptura de laços afetivos. O pânico é a angústia da separação, a sensação da falta de proteção e/ou abandono emocional.
  • Depressão: Em geral, ocorre depois de vários ataques de pânico (altas descargas de energia), quando o organismo se debilita (se deprime), produzindo má inibição cortical. Conjunto de alterações emocionais,comportamentais e de pensamento que se expressam pela perda do interesse de convívio social, atividades profissionais, acadêmicas, lúdicas, sentimento de culpa, baixa auto-estima, desesperança, alterações profundas no apetite, sono e sexo,falta de energia e baixa concentração.
  • Melancolia: É um estado depressivo capaz de conduzir ao suicídio. Se caracteriza pelo humor sombrio e tristeza profunda.
  • Morte: Quando o pânico exaure todas as forças e o medo sobrepuja a capacidade de sobreviver, a morte parece um alívio para o sofrimento extremo.

 

Os Sintomas do Pânico, em geral, se desenvolvem em determinados tipos de cérebros.

  • Predominância Emocional: Em geral, gostam de expandir seus comportamentos – viver intensamente todas as emoções – e, conseqüentemente, suas experiências são vividas com muita expectativa, ansiedade e medo (o Medo Inato é, sempre, acionado com muita excitabilidade – alta descarga de adrenalina).
  • Jovens que sofreram experiências negativas: Sobressaltos, à hora de dormir – medo de monstros das histórias infantis (bicho- papão,boi da cara- preta, etc.) – que contribuíram para o desenvolvimento de um sistema nervoso excessivamente sensível. As amígdalas cerebrais (Sistema Límbico) disparam seus circuitos com muita rapidez e força, desestabilizando as áreas do pensamento e racionalidade (sistema cognitivo) deixando a pessoa com a sensação de perda do controle.
  • Percepção Exacerbada de Medo: Propiciando o desenvolvimento de características de medo. Contraditoriamente estão, sempre, se aproximando de situações extremas de medo (condicionando experiências negativas). É a repetição do modelo aprendido, bem comoa tentativa de diminuir a ansiedade.
  • Características Medrosas , de rebeldia e mitomania: Devido à agressividade, rigidez e controle dos pais. A mentira serve para fugir deste controle. Em geral, antes do primeiro ataque de pânico, demonstram coragem e bravura.
  • Características de Desamparo: Sentem-se sozinhos, foram afastados dos pais, principalmente da mãe (trabalho, separação, doenças, etc.) ou cuja criação foi delegada aos avós, tios, irmãos maiores, orfanatos, escolas com regimes de internatos, etc.
  • Características de Ansiedade: Quando os pais, em geral a mãe é ansiosa. A criança passa a ocupar o papel de sua companheira e amiga. Em geral, desenvolve “pena“, camuflando uma “raiva“, pelo aprisionamento e falta de perspectiva de viver sua própria vida.
  • Aprisionamento e super proteção: Quando a mãe (raramente o pai) apresenta comportamento contraditório ao evitar o afastamento da criança do lar com medo de que algo lhe aconteça – às vezes por culpa – porque tem sentimentos ambivalentes. Nestes casos, pode estar fazendo uma ” transferência” de outra figura parental que a hostilizava; ou seja, inconscientemente, também, hostiliza o filho(cópia do modelo aprendido), mas, conscientemente, demonstra preocupação exacerbada.
  • Preocupação Exagerada: Com a saúde dos pais, depois da morte de pessoas próximas (medo de ficar sem cuidado). Sobrevivência.
  • Percepção Exacerbada:  De que o mundo é perigoso e inseguro.
  • Experiências de privação de afeto ou liberdade: Ocorridas na infância através de sentimentos hostis contra os pais, irmãos, castigos em ambientes solitários, enfermidades prolongadas dos pais ou de si mesmos, etc.
  • Experiências dolorosas: Relacionadas à respiração, como engasgamentos, afogamentos, brincadeiras que resultaram em asfixia, prisão em geladeiras, fogões, caixas, etc.
  • Sentimentos contraditórios de amor e raiva: Profunda aderência ao objeto de amor (mãe ou substituta) e raiva, com expressão da hostilidade ou repressão jogando-a para si mesmos. Desenvolvem fantasias sexuais fortes (alta excitabilidade) ou de terminar com a vida (depressão – inibição cortical).
  • Modelo aprendido: Em geral, “transferem” para a “família constituída” o mesmo modelo da “família original“. Se tornam altamente exigentes consigo mesmos e com os outros, mas como o mundo não vai ser “exatamente” como gostariam, acumulam muita “energia negativa” (raiva, ódio).
  • Tensão física e emocional: Dificuldade de propiciar ao organismo momentos de relaxamento. O estresse, dieta inadequada, pressão psicológica, cansaço, danificam as conexões neurais do “Córtex Pré-Frontal” e outras áreas do cérebro (sistema cognitivo) que começa a usar as mais primitivas de estímulo-resposta (sistema límbico). Desta forma, começa a responder sem uma análise adequada, pois não passa pelo pensamento. As ações se tornam impulsivas, automáticas e, conseqüentemente, vão gerar tomadas de decisões precárias e inadequadas. O cérebro, ao sair do estado consciente, entra no estado inconsciente e começa a acionar as memórias de longo prazo aí arquivadas (emocionais, intensas e fortes). O pânico se intensifica pela sensação de perda de controle.

Algumas pessoas podem sentir um ou mais sintomas , sem desenvolverem o pânico. Dentro de um desencadeamento do processo, o pânico desencadeia quando ocorrem , dentre outros fatores

  • Experiências aversivas correlacionadas: Geralmente, antes dos sintomas se desenvolverem, o cérebro é submetido a alguma experiência similar a outra já vivida (principalmente, quando se era jovem), ocorrendo agora, uma associação.
  • Situação de grande expectativa, surpresa ou choque: Sem estar, devidamente, preparado por conta da adolescência, menstruação, término dos estudos, vestibular, escolha de profissão, concurso, casamento, aposentadoria, menopausa ou andropausa.
  • Perdas importantes: Econômicas e financeiras, separações, divórcio, mortes.
  • Mudanças bruscas: Necessidade de abandonar (o país, cidade,bairro) um lugar que estava acostumado ou gostava.
  • Stress elevado: Capaz de reativar situações de angústia e desamparo.

Como a Hipnoterapia contribui para remoção dos sintomas de Síndrome de Pânico?

A Hipnoterapia – Trabalho utilizando Técnicas de Hipnose – está dividido em três etapas :

  •  Técnicas de Relaxamento: São utilizadas várias, sempre, de acordo com a Predominância Cerebral.• Clássicas: Mais utilizadas por Médicos e Odontólogos.
    Ericksonianas: Mais utilizadas por Psicólogos.
    Específicas do Instituto: Utilizadas somente por Psicólogos – Hipnoterapeutas.
  • Trabalho em Transe:

    – Conduzir o paciente à causa original e àquelas subseqüentes aos eventos positivos ou negativos, para remover das lembranças as emoções guardadas ao longo da vida e relacionadas ao estado de expectação, ansiedade e medo.- Conduzir o paciente a voltar à mesma codificação independente de estado, ou seja permitir que o corpo reaja da mesma forma (sensações, emoções). vivenciadas durante o evento.

Sugestão Pós e Intra – Hipnótica– Utilizando as próprias palavras do paciente modificando apenas as “conotações negativas dos eventos”. O Hipnoterapeuta sugere as mudanças que serão condicionadas aos eventos, associando conotações positivas, tais como lugares, sensações agradáveis,etc).

– Sugerir “uma nova significação” mais equilibrada e condizente ao momento atual de vida.

Os resultados são excelentes, uma vez que, durante as sessões, o paciente é conduzido a:

  • Modificar os Esquemas Mentais: Descondicionar sensações e emoções negativas que ficaram arquivadas no corpo e representadas na mente, bem como, condicionar novas formas de pensamentos positivos e adequados (novos esquemas mentais).
  • Modificar Alimentação: Considerando que, durante as crises de medo, ansiedade e pânico, o organismo consome grande quantidade de energia. Conseqüentemente, deverá repor maior e melhor quantidade de alimentos essenciais ao restabelecimento do seu equilíbrio (atentar aos alimentos que propiciam o bem e evitam depressão).
  • Exercícios Físicos: Ajudam a reduzir a ansiedade (alta excitabilidade cortical) evitando desta forma seu efeito contrário à depressão (baixa excitabilidade cortical); ou seja, a necessidade do cérebro diminuir o excesso de gasto de energia, nos casos de pânico. Contribui, também, para melhorar os aspectos cognitivos que ficam bastante comprometidos com o estresse, ao liberar substâncias (endorfina) que proporcionam uma sensação de paz e de tranqüilidade ligados ao bem-estar e prazer.
  • Relaxamento: Aprender técnicas de relaxamento para aliviar a área “Pré- Frontal” e diminuir os pensamentos catastróficos, melhorar o sono, apetite e libido sexual.

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